terça-feira, julho 26, 2005

"(...)So what if you catch me,
where would we land?
In somebody's life
forsaking his hands.
Sing to me hope as she's
thrown on the sand.
All of your works
are rated again.
Where to go?
(...)
You know I love you.
You know I love you .
I want you oh so much.

It's so fair.

When I was sure you'd follow through,
My world was turned to blue.

When you'd hide
your songs would die,
so I'd hide yours with mine

And all my words were bound to fall.
I know you won't fail...

see, I can tell..."

Remy Zero - Fair
From "Villa Elaine" Album

segunda-feira, julho 25, 2005

Este grito que tenho cá dentro
Grito que grita mas não se ouve
Grito de raiva reprimida
Do qual apenas eu sou ouvinte
Grito sem som que me enche o peito
Acelera o coração e põe o sangue a ferver
Contrai-me os músculos até à exaustão
Grito por ti e por mim
Esbato a minha raiva
Nas paredes do teu silêncio
Não queres ouvir o meu grito
Preferes esconder-te no teu manto
E adormeço sobre esse manto
De tormenta que me consome

Liberta-me de mim próprio, deste tumulto viver que sou. Não suporto mais o meus pensamentos, no entanto, não consigo deixar de os ter bem presentes, cravados e repetidos constantemente na minha mente. Às vezes estão lá, apenas adormecidos, outras surgem como tempestades carregando toda a minha raiva presa no peito. Grito em silêncio por um pouco de paz. Estou cansado, farto... Sinto-me a viver no limite. Oprimo dores, sentimentos e raivas pelo medo que lhes tenho. Ajuda-me...

quinta-feira, julho 21, 2005

Infrutífera fuga ao tempo
Qual incapacidade ou doença
Me cega o caminho da mente
Sem rosto, me persegue,
Esse medo que já não é.

Inquietam-se as vozes da alma.
Numa obsessão de busca
Vejo e revejo retratos.
Frases que me atormentam
Olhares que me queimam

Novas folhas vazias
De linhas que já vejo escritas.
Razão que me abandonas
Em cada gesto que se repete.

quarta-feira, julho 20, 2005

Desvendo as palavras que ficam
Numa ausência de pensamento definido
Um silêncio das vozes que me assombram
Um descanso, uma fuga ao ruído

Um doce renascer em ti.
O permanecer do passado numa dor.
Imagens que queimam o que vivi.
Perco o tempo, o tacto, a cor.

Corpos quentes deitados, perdidos,
No vazio o espaço de um sentimento.
Nos minutos, nos dias ardidos,
Por tudo aquilo que eu tento.

terça-feira, julho 19, 2005

Viva!

Faço aqui a minha publicidade a um blog novo que foi criado sobre viagens, lugares, eventos, etc. Para quem estiver interessado, e quem quiser dar o seu contributo, o blog é Rotas Cruzadas.
Peçam para serem adicionados aos membros do blog através dos mails nribeiro@gmail.com ou doragfs@gmail.com
inté!

quinta-feira, julho 14, 2005

Bom, voltei de férias... isto de deixar o mundo virtual "desgovernado" durante quase duas semanas é complicado. Quando se retoma há muita actualização a fazer! principalmente das dezenas de mails acumulados... mas fui escrevendo uns posts entretanto que coloco aqui com as datas respectivas. inté.

Recordar velhas palavras...(peço desculpa a linguagem)

"F*rnicar, f*rnica-se com quem quer que seja, ou com quem seduzimos ou desejamos. Mas dormir, dormir é muito mais complicado, leva tempo até se perder o medo de entregar o corpo, assim... ao outro. E a lassidão dos corpos abandonados aos segredos do sono um do outro... é bela!"
Al Berto - Lunário

quarta-feira, julho 13, 2005

Prefiro sentir o amargo das tuas palavras.
Que me descomponhas sem piedade,
Ou me grites desaforos cruéis.
Do que sentir o marcante frio gélido
Do vazio do teu silêncio...

Existo, enquanto existir em alheios.
E morre um pedaço do meu ser

Quando em mim não pensas.
Pois não moro no pensamento dos teus silêncios.

terça-feira, julho 12, 2005

Sinais dos tempos

Hoje em dia parece que pegou moda vender bolas de berlim na praia. Não tenho nada contra isso, muito pelo contrário, venham elas. No outro dia ouvia na praia (com o sotaque brasileiro): “Olha a bolinha de berlim. Bolinha Santinha light, a única em Portugal que não engorda. Eu vou andando e vou passando a mensagem. O magro engorda, o gordo emagrece, regula o coração, estimula o tesão sem ter de passar a mão... Santa bolinha light, todo o dia eu passo levando a mensagem...”.

Lá se vão os velhos tempos do “Ólhó Oláááá fresquiiiiinho”. Ainda resiste a bolacha americana...

domingo, julho 10, 2005

Pronto, a partir de hoje faço oficialmente parte dos muitos milhões que já leram o Código Da Vinci. Gostei da história, apesar de não se conseguir distinguir bem qual é a verdade na ficção, mas não vou discutir isso porque não sou nenhum entendido na área, portanto não acredito nem deixo de acreditar, registo apenas. Fora isso, desde o primeiro momento que me deu a impressão que estava a ler um livro feito para ser adaptado para um filme. Também achei interessante o facto de ele fazer comparações com os Estados Unidos (como se fosse para os Americanos perceberem do que é que se está falar). Digamos que é, como que se chama no mundo musical, “comercial”. Escrito de forma a pegar o leitor ao livro e não querer parar de o ler. Bem, mas recomendo, está bastante interessante.

Entretanto comecei a ler “O Mar na Lajinha” de Germano Almeida. Um autor cabo-verdiano que nos conta o quotidiano de uma série de personagens que têm em comum frequentarem a Praia da Lajinha. Entre banhos matinais, corridas e passeios na praia, conversas de cortar a casaca e outras mais banais vai-se conhecendo o estilo de vida daquela zona de cabo-verde e umas expressões idiomáticas bastante interessantes e engraçadas.

quinta-feira, julho 07, 2005

Teoria da Conspiração

Hoje o mundo acordou com os ataques terroristas no metro de Londres. Deixo aqui a minha marca, condeno este acto e considero-o uma atitude cobarde e desumana. Considero o fanatismo, seja ele de que espécie for, um absurdo e qualquer ideal, por mais nobre que seja, cai por terra quando coloca em risco vidas humanas. Mas é preciso analisar os dois lados de uma mesma moeda. Para cada acção existe uma reacção. E por isso mesmo não me encontro chocado nem surpreso com estes atentados. Seria de esperar que o ataque deliberado e consequente ocupação de uma nação independente por parte dos Estados Unidos e seus aliados, refiro-me ao Iraque claro, teria uma reacção. Razão pela qual também não sinto pena. Não sinto pena, entenda-se, do país enquanto organização política governada pelos seus respectivos chefes de estado, lamento sim, apenas e só, as mortes e feridos de pessoas inocentes que tentam passar alheios a estas guerras de meia dúzia de pessoas no poder, e querem apenas viver em paz com as suas famílias e construir um bom futuro para os seus descendentes. Talvez se todos os dirigentes políticos ou religiosos pensassem desta forma, tudo fosse mais simples. Mas parece que teimam em não querer compreender que a violência não se pode travar com mais violência. Esta guerra é uma guerra de sombras, de procurar nas entrelinhas, não de tanques e mísseis. É uma guerra que deve ser travada secretamente, com espionagem, investigando as raízes e as teias de todas estas organizações que tentam incutir medo no quotidiano das sociedades. Será que ainda não deu para perceber que a guerra aberta, a opressão e a ocupação, a imposição à força de ideais estrangeiros apenas gera ainda mais vontade de vingança e ódio? Se eles (terroristas) se movimentam nas sombras, escondidos, então é nesse ambiente que devemos penetrar e obrigá-los a sair.

Agora, para semear um pouco a confusão e dar que pensar, como consequência dos ataques em Londres, a economia Europeia baixou o seu ritmo de crescimento e as suas bolsas apresentam-se em baixa, por outro lado nos Estados Unidos as consequências pouco se fizeram sentir e o preço do petróleo baixou um pouco. Afinal quem saiu a ganhar foram os EUA, os que deveriam ser o principal alvo dos terroristas. Interessante, não?

quarta-feira, julho 06, 2005

Terminei ontem de ler o livro de Isabel Allende. Não consegui ir deitar-me antes de o terminar. No entanto, não consigo deixar de sentir, no momento de ler a última frase, “então não há mais?” E eu que queria ouvir mais histórias vindas da imaginação fértil de Eva, mais aventuras e personagens estranhas ou caricatas que tenham passado pela vida dela... Mas pronto, resigno-me à lei do finito de todas as coisas, ao qual nem um livro, que por mais livre em imaginação seja escrito, pode escapar. E por isso mesmo, sem deixar a vista descansar, decidi hoje mesmo continuar a minha leitura inacabada de “Budapeste” de Chico Buarque. Sem dúvida uma leitura agradável, que nos encanta com alguns detalhes deliciosos. Apesar disso fiquei algo desiludido, não pelo conteúdo que é de grande qualidade, mas porque, pelo título, esperava “conhecer” muito melhor essa cidade amarela de Budapeste, atravessada pelo rio Danúbio, deixando Pest a leste e Buda a oeste (pouco mais soube da cidade). De facto é um livro com labirintos como diz Caetano Veloso no seu comentário, por isso muita atenção ao ler, para não nos deixarmos perder pelas palavras...

segunda-feira, julho 04, 2005

Deito-me ao sol ainda escaldante das 4 da tarde. Acompanha-me um livro e um leitor de CDs de mp3. Não esquecer o protector solar! Não me apetece ficar a queixar-me a noite toda por causa de queimaduras solares. Tenho de apreciar o descanso, e que bem que ele faz. Parece que rejuvenesço 10 anos. Carrego no play e os phones começam a debitar U2, uma musica alegre para começar, sabe bem. Já tinha lido umas quantas linhas quando passou para Lou Reed, para acalmar. Mantinha-se o ruído de fundo da água da fonte artificial situada num jardim atrás de mim e o barulho constante das cigarras, esse misterioso bicho que tanto barulho faz durante todo o dia. Mas não me incomoda, apesar de não ser melodioso, dá uma certa sensação de contacto directo com a natureza, longe do stress e das pressas citadinas. Tentamo-nos afastar assim dos problemas, umas férias relaxantes na beira de uma piscina, sem as preocupações normais. É nesses momentos que os problemas nos parecem tão distantes. Apesar disso, não consigo evitar que eles me assolem, como moscas inoportunas que vão e vêm, sem as podermos afastar definitivamente. Vou pensando nestas coisas por entre mais umas palavras de Eva Luna de Isabel Allende, sempre gostei de livros onde, para além da história principal, recebemos em jeito de guloseima, algumas lições sobre a cultura do povo e a História da época em que ela se insere. No mp3 passa agora Pearl Jam, umas daquelas músicas que falam de saudade e do tempo que passa sem o podermos agarrar ou voltar atrás, deu para ficar melancólico... uns segundos. A leitura volta-me a levar noutras viagens...

sexta-feira, julho 01, 2005

"as trevas antecedem a alvorada da alma"

DLM - Mergulha na Felicidade