Deito-me ao sol ainda escaldante das 4 da tarde. Acompanha-me um livro e um leitor de CDs de mp3. Não esquecer o protector solar! Não me apetece ficar a queixar-me a noite toda por causa de queimaduras solares. Tenho de apreciar o descanso, e que bem que ele faz. Parece que rejuvenesço 10 anos. Carrego no play e os phones começam a debitar U2, uma musica alegre para começar, sabe bem. Já tinha lido umas quantas linhas quando passou para Lou Reed, para acalmar. Mantinha-se o ruído de fundo da água da fonte artificial situada num jardim atrás de mim e o barulho constante das cigarras, esse misterioso bicho que tanto barulho faz durante todo o dia. Mas não me incomoda, apesar de não ser melodioso, dá uma certa sensação de contacto directo com a natureza, longe do stress e das pressas citadinas. Tentamo-nos afastar assim dos problemas, umas férias relaxantes na beira de uma piscina, sem as preocupações normais. É nesses momentos que os problemas nos parecem tão distantes. Apesar disso, não consigo evitar que eles me assolem, como moscas inoportunas que vão e vêm, sem as podermos afastar definitivamente. Vou pensando nestas coisas por entre mais umas palavras de Eva Luna de Isabel Allende, sempre gostei de livros onde, para além da história principal, recebemos em jeito de guloseima, algumas lições sobre a cultura do povo e a História da época em que ela se insere. No mp3 passa agora Pearl Jam, umas daquelas músicas que falam de saudade e do tempo que passa sem o podermos agarrar ou voltar atrás, deu para ficar melancólico... uns segundos. A leitura volta-me a levar noutras viagens...
Palavras...
Palavras são tentativas frustadas de expressar o que não tem expressão.
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Home