sexta-feira, março 06, 2009

Vejo-te partir

Fala-me de ontem, do tempo que não foi
Fala-me do ser que nunca fomos
Tentamos sem tentar pois sou eu quem o faz
Serei eu um todo nós que nunca nasceu
Mas que morrerá sem o saber
Serás tu um nada que sonhei ser tudo
Mas que à realidade retornará?
Tornarás a chegar, mas não por mim
Senão por um outro calor.
Escutando não me ouves;
Observando não me vês.
Aqui estou, quebrado pelo silêncio
Das palavras que não ouso.
Tentarás então num olhar...
Que significado vão em ti
Me atormenta o ser
E, assim, na insónia incerteza
Vejo-te partir...

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