segunda-feira, janeiro 10, 2005

Deito as cartas da minha dor nas pedras frias da noite. Comtemplo-as... Vejo a tua face em algumas. A dor de desejar ouvir aquilo que nunca tive a coragem de dizer. A dor de te ter feito ausente quando te queria presente... De teres falhado a promessa que nunca fizeste, mas sempre imaginei que fossem os teus lábios quem a haveriam de proferir.

Voa pelas simples asas da tua vontade. Comanda o vento e enche de ar o teu peito sedento de viagens. Conhece as rotas e pegadas deixadas pelo tempo na terra que pisas descalço. Entra na noite escura e chama-lhe dia. Adormece na presença da manhã e acorda com o calor envolvente do sol do Outono. Sente a vida, sente-te a ti, aproveita os teus sentidos.