critica ao amor à primeira vista:
"claro que acredito no amor à primeira vista, só eu apaixono-me umas 50 vezes por dia."
Palavras são tentativas frustadas de expressar o que não tem expressão.
critica ao amor à primeira vista:
Decerto que toda a gente se lembra da fotografia mais famosa da capa da National Geographic. A que nos presenteava com uns olhos profundos, quase hipnóticos de uma rapariga Afegã. Steve McCurry captou esse momento e muitos outros mundo fora. Para quem gosta de ver numa fotografia muito mais do que a simples imagem, o seu site é algo a não perder. www.stevemccurry.com
Existe a raiva de não gostarmos de uma coisa, existe a raiva de querermos muito fazer algo, existe a raiva da revolta, existe a raiva da derrota, e existe a raiva de não nos ligarem quando sabemos que estamos certos... Esta última é provavelmente das mais demolidoras do nosso ego, do nosso ser. Quando uma pessoa que temos em alta consideração e de quem gostamos nos nega a possibilidade de nos querer ouvir e acreditar, sentimo-nos humilhados, como se nos tivessem dado a mais forte das surras, só que a dor permanece no interior. Não sou católico praticante, mas suponho que as palavras de Cristo "Feliz é aquele que crê sem ver" deviam ser tomadas em conta quando nos referimos a pessoas que sabemos que só nos querem bem. Pelo menos o benefício da dúvida não?...
Hoje enviaram-me este poema de Mario Cesariny... obrigado Marta *
Poderemos nós encontrarmo-nos num lugar apenas nosso?
Mas quem consegue ler isto tudo sem saltar umas linhas?...
Não, não é cansaço...E mais umas quantas, simples, apaixonadas e, por vezes, enganosamente "ingénuas", de Alberto Caeiro:
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço,Se calhar não devia ler, estas coisas ainda metem uma pessoa mais em baixo... mas pronto, já que é pra estar em baixo ao menos que seja a sério... dedico-te o ultimo poema, pois, se tens um post dedicado a mim, eu apresento-te este blog... sim... mesmo aqueles que poderão não estar relacionados contigo (que são poucos), têm lá um pedaço de ti, porque fazes parte de mim...
a figura dela,
Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço,
a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a
encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando
me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua
semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso
senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.
And now my bitter hands
shade beneath the clouds
of what was everything?
All the pictures have all been washed in black.
Tattooed every day.
I take a walk outside.
I'm surrounded by some kids at play.
I can feel their laughter, so why do I sear?
and twisted thoughts that spin around my head.
I'm spinning. Oh, I'm spinning.
How quick the sun can drop away.
And now my bitter hands cradle broken glass
of what was everything?
All the pictures have all been washed in black. Tattooed everything.
All the love gone bad turned my world to black.
Tattooed all I see. All that I am. All I'll ever be...
Sem palavras...
sabes, é só porque penso em ti...
De um ano, 4 estações.
Vem caminhar a meu lado por momentos cravados em mim, por lugares meus, onde o vento sopra distante e o tempo parece morto, e só assim sentirás a minha solidão... Deixa que este ar sem aroma te conduza à essência do meu ser, e aí, por meio de memórias esquecidas e vontades derrubadas, descubras o brilho que me falta. A causa da melancolia que jorra das minhas palavras...