sábado, abril 16, 2005

Escrita de comboio, efêmera como tal.
Pequenos estados de espírito induzidos
pelas negras nuvens que avisto,
ou pelo brilhante sol que me queima a vista.
Tristezas ligeiras, deslumbres momentâneos
nestas paisagens que correm...
Um verde que busca o céu e dança
ao sabor do vento, na margem de um rio
que parece caminhar incessantemente
em direcção ao pôr do sol,
num horizonte que poderia ser um quadro,
de um desses pintores melancólicos,
mas que, na verdade,
encontra-se exposto na parede destes vagos segundos
encerrados na janela de uma carruagem...

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