domingo, setembro 19, 2004

Se eu tivesse voz, cantar-te-ia esta...


Não posso deixar que te leve o castigo da ausência
Vou ficar a esperar e vais ver-me lutar para que esse mar não nos vença
nao posso pensar que esta noite adormeço sozinho
vou ficar a escrever e talvez vá vencer o teu longo caminho
eu quero que saibas que sem ti nao há lua
nem as arvores crescem ou as maos amanhecem entre as sombras da rua
leva os meus braços, esconde-te em mim
que a dor do silêncio contigo eu venço num beijo assim...

Não posso deixar de sentir-te na memória das mãos
vou ficar a despir-te e talvez ouça rir-te nas paredes, no chão
não posso mentir que as lágrimas são saudades do beijo
vou ficar mais despido que um corpo vencido perdido em desejo
eu quero que saibas que sem ti nao há lua
nem as arvores crescem ou as maos amanhecem entre as sombras da rua
leva os meus braços, esconde-te em mim
que a dor do silêncio contigo eu venço num beijo assim...

P. Abrunhosa

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